sábado, 27 de agosto de 2016

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5 comentários:

  1. Minhas Lágrimas mancharam seu livro.
    Não esperava me emocionar com o livro Pinóquio do Asfalto como emocionei. Sempre olhei para esses meninos como errantes, pequenos delinquentes. Para mim eles representavam um passado torto, um presente alienado e um futuro drogado. O mais triste é que eu me deixava levar pela opinião dos outros, pela ótica passada pela imprensa que se delicia com desgraças e se embebedam da fonte das desgraças. Como somos reféns dessa mídia canibal.
    Pinóquio do Asfalto mexeu com o meu eu, com o meu conformismo, com a minha apatia. Terminei de ler o livro no dia sete de setembro, mas ele incorporou em meu corpo como se fosse uma segunda alma, tanto que no final de semana, decidi sair para olhar para as crianças pelo centro de São Paulo como almas que vagam pelas sombras, filhos da marginalidade não herdada, mas imposta por nós e vi, que elas também brincavam, mesmo perdidas na imundice, brincavam com as coisas mais simplórias, mas também vi quanto elas eram indesejáveis para muitos que circulavam pela nossa cidade. Meu coração cortou quando vi um comerciante chutar uma delas só porque estava brincando diante de seu bar imundo. Elas saíram dali da mesma forma que um cão que comia restos de alimentos que os clientes do boteco jogavam. Naquela noite não consegui dormir.
    No dia seguinte fiz uma faxina para pôr fora as inutilidades que tenho em casa. Eu tinha roupas da época que meus filhos eram crianças, ali, entulhadas nos guarda-roupas, ganhando mofo e, quem sabe, servindo de banquete para traças. Coloquei tudo para lavar, sequei, passei e guardei em caixas das mais diversas, depois embrulhei com papel bem bonito e amarrei um laço rosa para meninas e azul para meninos. Na noite da segunda-feira, fui com meu marido caminhar pelo centro com as caixas de presentes e, cada criança que eu via, parávamos e dávamos a roupa e um cachorro-quente muito gostoso que eu e meu marido preparamos. No final, sentamos na rua para comer e conversar com essas crianças. Sim, elas são crianças que sonham serem meninos de verdade.
    Parabéns, professor Egidio, sem demagogia, o senhor merecia um reconhecimento social por suas obras. Se eu fosse o prefeito desta cidade eu te daria uma medalha de honra ao mérito.
    Mariana e Carlos Souza

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    1. Mariana e Carlos Souza
      Fico feliz pelo meu livro ter tocado seu coração e motivado vocês a realizarem ações tão nobres. Infelizmente, como você mesmo disse: essa condição lhes foi imposta, não foi uma simples escolha. Eu acredito que a mudança tem de vir do povo para o povo, pois as autoridades as ignoram, as repudiam. Precisamos de gente como vocês, que estendam a mão para que essas crianças sejam meninos de verdade.
      Prof. Egidio

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  2. Eu já havia comprado o livro Pinóquio do Asfalto no ano passado, mas nesta semana um menino e sua mãe começaram a acampar na praça da minha casa. Dava para ver que eles não estavam ali porque queriam. Eu acabei conversando com a mãe do menino, que se chama Gustavo, eles foram despejados porque a mãe não conseguiu pagar o aluguel porque ela foi demitida da confecção que trabalhava. Foi triste ouvir que ela foi vendendo o que tinha para manter o filho e o aluguel da casa, até que vendeu o mais importante, a máquina de costura que ela usava para fazer alguns serviçinhos. Quando os bens acabaram e o dinheiro acabou, o dono da casa que eles alugavam despejou eles, já fazia três meses que eles estavam vivendo na rua e ela estava usando o menino para ajudar a pedir esmola. O menino teve que sair da escola. Ela falou que sabia que estava errada, mas que não tinha jeito, eles precisavam comer. Eu comecei a dar de comer para eles e algumas vizinhas também, eu e uma das vizinhas chamamos ela para fazer limpeza, mas falamos que era para o menino voltar a estudar. Eu também comprei mais um livro do Pinóquio do Asfalto e dei para ele ler e entender que no mundo há gente do mal, mas também tem gente de bom coração, que era para ele não deixar de acreditar. No meio do livro coloquei uma matéria que imprimi da internet de um ex-mendigo que se formou na universidade, para ele sentir motivação. Eu não teria feito isso se não tivesse lido seu livro, ele me fez enchergar essas pessoas que ninguém quer ver.

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    1. Prezada leitora,
      Que depoimento emocionante. Você é uma pessoa de um coração imenso e um exemplo para que muitas pessoas entendam que a maioria dos que vivem na rua, fazem isso por necessidade, não por opção. Sua iniciativa foi um exemplo a ser seguido e o fato de o livro ter te inspirado, me enche de alegria. Muito obrigado.

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